Os malefícios do alto consumo da pornografia

A quarentena causada pela pandemia do coronavírus diminuiu as alternativas de lazer e as limitou, quase que predominantemente, ao mundo virtual. Esse fator somado ao pouco contato físico e social gerou um aumento assustador no número de acessos aos sites e canais de filme pornô.

O site Pornhub, um dos sites mais famosos da industria pornográfica, registrou um salto no número de acessos durante o período de isolamento. Os dados apontam a variação diária de acesso e mostram que, na Itália, primeiro país a decretar quarentena, o aumento chegou a 57% no dia 12 de março.

Isso poderiam ser apenas dados consequentes da mudança de comportamento durante o isolamento, como o aumento de lives no Youtube e telespectadores de jornais. Mas a diferença dessa industria está nas suas consequências graves a mente humana e, consequentemente, a sociedade.
Tão viciante quanto drogas

A internet se tornou a melhor ferramenta já criada na história da humanidade para estoque, distribuição e consumo de pornografia. Dando fácil acesso ao conteúdo, naturalizou-se ainda mais o seu consumo e iniciou a mitificação da pornografia como algo sexy e divertido.

Porém, a dura realidade do seu alto consumo foi revelada em um estudo da Universidade de Cambridge que mostrou que a pornografia vicia da mesma maneira que algumas substâncias, desregulando o cérebro. Cada novo clique é um estímulo para o centro de recompensa, que se torna dependente dessa anestesia constante.

O vício na pornografia é devastador. Causa disfunção erétil, desestrutura a afetividade, afeta a saúde mental e está criando uma geração de homens violentos.
A brutalidade pornográfica

Segundo Gail Dines, socióloga e presidente da organização Culture Reframed, o vício em pornografia tem como característica a evolução gradual para conteúdos cada vez mais violentos, e é dessa forma que espectadores chegam às imagens com crianças.

O mais assustador é que também temos crianças consumindo esse tipo de conteúdo, a socióloga afirmou ter casos de crianças de 7 a 12 anos diagnosticadas com compulsão por pornografia.

O acesso e consumo de conteúdo pornográfico tão precoce e sem qualquer outra instrução advinda por outros meios, está tornando esses conteúdos os únicos educadores sexuais de muitos jovens e normalizando a noção de que mulheres são objetos e devem ser tratadas com brutalidade.

O ator Terry Crews, ex-viciado em pornografia, contou em seu depoimento que, com o tempo, passou a desumanizar pessoas e vê-las como genitálias ambulantes. Confira o depoimento na íntegra e entenda mais sobre os efeitos dessa industria:

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